Em meio ao fluxo constante de imagens e mensagens no Instagram, deparamo-nos com a reflexão profunda de Clarice Lispector: “Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.”
Clarice nos apresenta uma ironia sutil. Se um defeito pode ser o esteio de um edifício inteiro, por que o chamamos de defeito? A resposta se encontra na perspectiva.
O que consideramos uma falha pode, na verdade, ser a base sobre a qual construímos nossas vidas. Os nossos defeitos podem nos ensinar lições valiosas, fornecer insight e nos ajudar a crescer. Eles podem ser o motor que nos impulsiona a buscar a melhoria, nos conectando com os outros e nos tornando seres humanos mais completos.
Assim, a frase de Clarice nos convida a reconsiderar nossa visão sobre os defeitos. Em vez de enxergá-los como fraquezas absolutas, podemos abraçá-los como aspectos complexos e, muitas vezes, essenciais de nossa existência.